MEANDROS

Contos

Em construção 3

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Em construção 4

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Em construção 5

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21 abril 2012

CHÁ COM POESIA CAIC Idalina de Carvalho

CHÁ COM POESIA no CAIC

Tive a honra de ser homenageada na noite do último dia 13 de abril, no sarau de poesia organizado pela Escola Municipal Lysis Brandão da Rocha (CAIC) em Cataguases. Foi desenvolvido um projeto durante um mês acerca da minha vida e obra, havendo sido escolhido o meu último livro MEANDROS como fonte para o recital de poesia.

Quero agradecer e parabenizar a equipe da escola que, aliás, tem estado sempre à frente no que se refere à implantação de projetos que, além de elevar a autoestima dos alunos, motivam-nos às atividades artísticas, ampliando sua visão de mundo.

O evento teve a seguinte programação:
19:30 - Abertura com a palavra da diretora Cristiane Antoniol Siqueira.
19:40 - Leitura da biografia da biografia e recital com os poemas: A beleza de Carol, Natureza, Cantiga, Jardim de Maria e Maria - de Idalina de Carvalho.
19:55 - Leitura dos poemas das alunas Maria Eugênia e Maria Aparecida de Oliveira, tendo como tema: O que me faz feliz;
20:00 - Leitura de poesia da professora Cecília Valverde, pela aluna Maria Eugênia ( um poema lindo que Cecília, minha ex-aluna do Grupo de Estudos Literários Afonso Romano de Sant'Anna fez em minha homenagem, e que transcrevo logo depois de reproduzir esta programação).
20:10 - Apresentação das alunas Sonia, Tainara, Larissa e Ana Paula.
20:15 - Com a palavra, a escritora.
20:45 - Encerramento com o aluno Juliano Marazo.
21:00 - Coquetel.







MENINA IDALINA
Cecília Valverde

Quem é essa menina?
É aquela que faz rima
Pedra cristalina
Passa e ilumina
Brilha feito purpurina

Também é bailarina
Pé no chão, cintura fina
Salto alto lá em cima
Tem frescor de tangerina
É um verso que fascina
Ó menina Idalina!

APRESENTO ABAIXO A FICHA TÉCNICA DO EVENTO:
CHÁ COM POESIA

Organização: Escola Municipal Lysis Brandão da Rocha (CAIC)
Diretora: Cristiane Siqueira Antoniol

Equipe de professores:
Ana, Ângela, Edison, Jozilene Ferreira, Maria de Fátima de Paula, Maria Cecília Mattos, Mônica Reis, Paula Abrita, Walcilene, Sandra e Silvana Ipólito

Alunos envolvidos no projeto:

Declamaram poemas:
Maria Eugênia, Sônia, Tainara, Larissa, Ana Paula, Juliano Marazo.

Outras atividades:
Márcia Rosana, Márcia Medeiros, Marilene, Ana Carolina, Sara Cristina, Navantino, Myriane, Maria Eugênia, Sandra da Silva, Luiz, Ângela, Elizete, Sonia Mariano, Iago, Maria Aparecida de Oliveira, Márcia Medeiros, Jean Francisco, Adriano, Márcia Rosana, Tiago Silva, Jean Silva, Wesley Matias, Kleusa Cris, Edimara, Maria Adriana Moreira, Juliana do Carmo, João Luiz, Diego, Maria Eugenia, Sandra da Silva, Maria Aparecida Magalhães, Tatiana.

PROGRAMAÇÃO
1. Abertura: Palavra de boas vindas da diretora
2. Leitura da biografia e recital dos poemas de Idalina
de Carvalho
3. Leitura da poesia "O que me faz feliz", pelas suas
autoras Maria Aparecida e Maria Eugênia.
4. Apresentação das alunas Sônia, Tainara, Larissa e
Ana Paula.
5. Entrega de um presente (o trabalho artesanal feito
em cordel) pela professora Sandra.
6. Com a palavra a escritora.
7. Encerramento com o aluno Juliano Marazo.

POEMAS APRESENTADOS (de Idalina de Carvalho)
Marina
Natureza
Jardim de Maria
Cantiga
Beleza de Carol

06 abril 2012

MINICONTOS DE MEANDROS

DO QUASE PECADO

(poesia de anjos)

segurasse suas mãos, levasse-a quase pluma por um poema na quase madrugada do setembro recém-nascido em sublime adultério de anjos... A sedução da alma! São demais os perigos desta vida... mas anjos não pecam, são puros. Até mesmo quando, distraídos, entornam desejo (a alma tem anseios). Distraída, seria natural deixar-se levar pelas mãos. Um abraço mais envolvente, as mãos... poesia por toda parte. (A poesia sai pela boca, está dentro da boca contida, a espera do milagre que a transforme). Se, liberta de receios, abrisse em beijo a boca do poeta, consumado seria o pecado e a boca cuspiria no papel a poesia. O desejo é o poema em estado de semente.

CONTO DE FADAS EM BRANCO E PRETO

Deus não tem tempo para meninas boazinhas. A cada uma cabe o mal que lhe é devido, como o bem. A vida real: nua e crua. Sonhara seres divinos pelo caminho. Pensara-me capaz de abolir do mundo o mal. Sete bestas desenharam meu conto de fadas, vestiram-se personagens a me acalentar o sono. Sorri.

Lá fora, tempestade escoava da alma aprisionada em leito. Cinzenta. Gelada. Natureza em prantos. Assim foi que tudo desabou. Deus não teve tempo para mim. Amadureci.

AO NATURAL

Recaiu sobre si a culpa da humanidade na tarde quente daquela viagem. Sol incendiando o verde das pastagens, morros e montanhas que passavam rapidamente pela janela, deixando pra trás uma brisa assanhada em carícias, provocando volúpia, impregnando todo o ônibus com o sêmen da natureza exalado em suor, descendo por todo o corpo como rio de água salgada, uma sede sem fim de tudo que pudesse refrescar o corpo e a alma.

Passiva, rendeu-se ao cansaço, despiu-se de conceitos, cerrou os olhos e...

FINAL FELIZ (?)

Naquela noite cobriu-a de mimos. Foram palavras, sonhos em pinturas vazadas até sons denunciarem novo dia. Braços a puxá-la noite adentro e sussurros te amo, te amo, juras de nunca usar extremos da cama, ladainhas de protetor, querer vê-la feliz, de não merecer tal vida de sacrifícios. E beijos tantos, tantos, até lábios amolecerem de tanto vadiar. Um sentir a vida de dentro, intenso, amor de verdade daqueles de filmes de cinema.

Depois casaram-se.


MÃE DE FAMÍLIA

Os gritos que não que agora não e o fogo esquentando a barriga encostada no fogão e a insistência dele e a comida no fogo, hora de almoço, levar as crianças para a escola e a cozinha desarrumada, pia cheia de vasilhas e não, não e não, agora não, e ele invadindo seu espaço, umedecendo sua nuca e ouvidos ofegante em sussurros, e ela perdendo as forças, pernas estremecidas e as mãos dele afrouxando sua saia e ela sem voz em sussurros não por favor, não, o almoço, panela fritando arroz, bife na outra trempa, feijão inteiro fervendo o fogo invadindo toda a cozinha, e a mesa ali, posta, e as crianças na casa da avó tomando banho, e a comida...

... o cheiro da comida queimada, abolida de condição de ser almoço.

21 abril 2012

CHÁ COM POESIA CAIC Idalina de Carvalho

CHÁ COM POESIA no CAIC

Tive a honra de ser homenageada na noite do último dia 13 de abril, no sarau de poesia organizado pela Escola Municipal Lysis Brandão da Rocha (CAIC) em Cataguases. Foi desenvolvido um projeto durante um mês acerca da minha vida e obra, havendo sido escolhido o meu último livro MEANDROS como fonte para o recital de poesia.

Quero agradecer e parabenizar a equipe da escola que, aliás, tem estado sempre à frente no que se refere à implantação de projetos que, além de elevar a autoestima dos alunos, motivam-nos às atividades artísticas, ampliando sua visão de mundo.

O evento teve a seguinte programação:
19:30 - Abertura com a palavra da diretora Cristiane Antoniol Siqueira.
19:40 - Leitura da biografia da biografia e recital com os poemas: A beleza de Carol, Natureza, Cantiga, Jardim de Maria e Maria - de Idalina de Carvalho.
19:55 - Leitura dos poemas das alunas Maria Eugênia e Maria Aparecida de Oliveira, tendo como tema: O que me faz feliz;
20:00 - Leitura de poesia da professora Cecília Valverde, pela aluna Maria Eugênia ( um poema lindo que Cecília, minha ex-aluna do Grupo de Estudos Literários Afonso Romano de Sant'Anna fez em minha homenagem, e que transcrevo logo depois de reproduzir esta programação).
20:10 - Apresentação das alunas Sonia, Tainara, Larissa e Ana Paula.
20:15 - Com a palavra, a escritora.
20:45 - Encerramento com o aluno Juliano Marazo.
21:00 - Coquetel.







MENINA IDALINA
Cecília Valverde

Quem é essa menina?
É aquela que faz rima
Pedra cristalina
Passa e ilumina
Brilha feito purpurina

Também é bailarina
Pé no chão, cintura fina
Salto alto lá em cima
Tem frescor de tangerina
É um verso que fascina
Ó menina Idalina!

APRESENTO ABAIXO A FICHA TÉCNICA DO EVENTO:
CHÁ COM POESIA

Organização: Escola Municipal Lysis Brandão da Rocha (CAIC)
Diretora: Cristiane Siqueira Antoniol

Equipe de professores:
Ana, Ângela, Edison, Jozilene Ferreira, Maria de Fátima de Paula, Maria Cecília Mattos, Mônica Reis, Paula Abrita, Walcilene, Sandra e Silvana Ipólito

Alunos envolvidos no projeto:

Declamaram poemas:
Maria Eugênia, Sônia, Tainara, Larissa, Ana Paula, Juliano Marazo.

Outras atividades:
Márcia Rosana, Márcia Medeiros, Marilene, Ana Carolina, Sara Cristina, Navantino, Myriane, Maria Eugênia, Sandra da Silva, Luiz, Ângela, Elizete, Sonia Mariano, Iago, Maria Aparecida de Oliveira, Márcia Medeiros, Jean Francisco, Adriano, Márcia Rosana, Tiago Silva, Jean Silva, Wesley Matias, Kleusa Cris, Edimara, Maria Adriana Moreira, Juliana do Carmo, João Luiz, Diego, Maria Eugenia, Sandra da Silva, Maria Aparecida Magalhães, Tatiana.

PROGRAMAÇÃO
1. Abertura: Palavra de boas vindas da diretora
2. Leitura da biografia e recital dos poemas de Idalina
de Carvalho
3. Leitura da poesia "O que me faz feliz", pelas suas
autoras Maria Aparecida e Maria Eugênia.
4. Apresentação das alunas Sônia, Tainara, Larissa e
Ana Paula.
5. Entrega de um presente (o trabalho artesanal feito
em cordel) pela professora Sandra.
6. Com a palavra a escritora.
7. Encerramento com o aluno Juliano Marazo.

POEMAS APRESENTADOS (de Idalina de Carvalho)
Marina
Natureza
Jardim de Maria
Cantiga
Beleza de Carol

06 abril 2012

MINICONTOS DE MEANDROS

DO QUASE PECADO

(poesia de anjos)

segurasse suas mãos, levasse-a quase pluma por um poema na quase madrugada do setembro recém-nascido em sublime adultério de anjos... A sedução da alma! São demais os perigos desta vida... mas anjos não pecam, são puros. Até mesmo quando, distraídos, entornam desejo (a alma tem anseios). Distraída, seria natural deixar-se levar pelas mãos. Um abraço mais envolvente, as mãos... poesia por toda parte. (A poesia sai pela boca, está dentro da boca contida, a espera do milagre que a transforme). Se, liberta de receios, abrisse em beijo a boca do poeta, consumado seria o pecado e a boca cuspiria no papel a poesia. O desejo é o poema em estado de semente.

CONTO DE FADAS EM BRANCO E PRETO

Deus não tem tempo para meninas boazinhas. A cada uma cabe o mal que lhe é devido, como o bem. A vida real: nua e crua. Sonhara seres divinos pelo caminho. Pensara-me capaz de abolir do mundo o mal. Sete bestas desenharam meu conto de fadas, vestiram-se personagens a me acalentar o sono. Sorri.

Lá fora, tempestade escoava da alma aprisionada em leito. Cinzenta. Gelada. Natureza em prantos. Assim foi que tudo desabou. Deus não teve tempo para mim. Amadureci.

AO NATURAL

Recaiu sobre si a culpa da humanidade na tarde quente daquela viagem. Sol incendiando o verde das pastagens, morros e montanhas que passavam rapidamente pela janela, deixando pra trás uma brisa assanhada em carícias, provocando volúpia, impregnando todo o ônibus com o sêmen da natureza exalado em suor, descendo por todo o corpo como rio de água salgada, uma sede sem fim de tudo que pudesse refrescar o corpo e a alma.

Passiva, rendeu-se ao cansaço, despiu-se de conceitos, cerrou os olhos e...

FINAL FELIZ (?)

Naquela noite cobriu-a de mimos. Foram palavras, sonhos em pinturas vazadas até sons denunciarem novo dia. Braços a puxá-la noite adentro e sussurros te amo, te amo, juras de nunca usar extremos da cama, ladainhas de protetor, querer vê-la feliz, de não merecer tal vida de sacrifícios. E beijos tantos, tantos, até lábios amolecerem de tanto vadiar. Um sentir a vida de dentro, intenso, amor de verdade daqueles de filmes de cinema.

Depois casaram-se.


MÃE DE FAMÍLIA

Os gritos que não que agora não e o fogo esquentando a barriga encostada no fogão e a insistência dele e a comida no fogo, hora de almoço, levar as crianças para a escola e a cozinha desarrumada, pia cheia de vasilhas e não, não e não, agora não, e ele invadindo seu espaço, umedecendo sua nuca e ouvidos ofegante em sussurros, e ela perdendo as forças, pernas estremecidas e as mãos dele afrouxando sua saia e ela sem voz em sussurros não por favor, não, o almoço, panela fritando arroz, bife na outra trempa, feijão inteiro fervendo o fogo invadindo toda a cozinha, e a mesa ali, posta, e as crianças na casa da avó tomando banho, e a comida...

... o cheiro da comida queimada, abolida de condição de ser almoço.